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terça-feira, 31 de julho de 2012

Sujeito passivo B: Férias 1, 2012

Sujeito passivo B: Férias 1, 2012: Ainda faço muitas asneiras diáriamente, mas já me sinto melhor. As férias já começaram, estivemos uns dias em Grândola, com os meus queridos...

Férias 1, 2012

Ainda faço muitas asneiras diáriamente, mas já me sinto melhor. As férias já começaram, estivemos uns dias em Grândola, com os meus queridos animais e as minhas plantas do quintal, todos precisam de cuidados. Depois fomos os dois muito calmamente até Guimarães onde ficámos uma noite, agradável. No dia a seguir viajámos para o Gerês, adorei, mas fiquei um tudo nada desiludida, pensava que toda a zona do Gerês era muito arborizada, que mal se via o céu, que ia ter sempre muitos animais selvagens por perto e que era tudo muito rural, quase ter que ordenhar a vaca para beber leite; na verdade não é bem assim, mas tivemos 2 dias de puro descanso, com uma massagem Cupido nas termas que classifico de 5 estrelas: começou com um banho turco que não consegui apreciar bem, estava muita humidade e calor, mas gostei, depois percorri o circiuto todo de duches, maiores mais pequenos e outros assim a assim, frios muitos frios e mornos, havia até um que acabava com um aroma belíssimo. Acabada esta sessão passámos para a piscina dinâmica, uma verdadeira surpresa, jactos , massagem com água que tinha que descobrir por mim e que me divertiu imenso, o meu pequeno querido gostou mas adorou foi o banho turco, até repetiu. Acabou a sessão da piscina e fomos para a zona da massagem, adorámos, foi pena ser só 30 minutos, devia ter sido o dobro e com mais incidência na zona do pescoço e cabeça. Fim da manhã completamente conquistados, decidimos que iríamos fazer massagens todos os meses e termas no próximo ano no minímo 7 dias seguidos. Esta 1ª parte da viagem foi deliciosa. Amanhã vamos a caminho do sul, e vamos ter a visita das meninas, acho que vai ser triplamente bom. Claro que houve neste primeiro período da viagem coisas para contar, mas até para contar me sinto de férias, voltarei e conto com mais pormenor.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vale a pena chorar

Regressei, agora que estou em véspera de ir de férias, volto um pouco mais desanimada do que é meu costume, porque sinto a cada dia mais peso do trabalho, que eu adoro; e, porque me sinto um pouco exausta, não aguento que me mandem trabalhar mais, quando eu sinto muita dificuldade em manter o que devo fazer no meu dia a dia, quanto mais trabalhar ainda mais horas. Na verdade, não sei porque me sinto triste e porque é que até verti umas lagriminhas, se me sinto muito bem a trabalhar, e se gosto de ir para o Centro de Saúde é porque gosto do contacto diário com as pessoas que me procuram, e se de algum modo eu poder contribuir para lhe melhorar o seu dia a dia, a minha vida diária tem sentido. Trabalho para o doente / utente, não para o meu patrão, pode aproveitar o meu trabalho e brilhar com a estatística que é minha, mais nada. Então nada nem ninguém me pode fazer mal, nada nem ninguém tem poder para me entristecer, nada nem ninguém está acima de mim, porque eu estou ao serviço de quem precise de mim, é para essa certeza que devo orientar-me e não para quem faz do seu dia a dia o entusiasmante trabalho de andar a olhar para o lado, de viés. Quando trabalhamos para um Serviço tão grande como o Estado, não podemos estar à espera que haja alguém que nos dê valor pelo nosso esforço diário, não podemos estar à espera que haja alguém que nos diga" como é bom trabalhar contigo, estou ao teu lado"; aquilo que oiço é: Celestina não podes marcar tantas consultas, as enfermeiras não aguentam, as administrativas não dão a conta; Celestina hoje tens que fazer 14 consultas de Barcu porque o Dr.º Paulo e / ou o colega Mário acham que faz falta! Eu também acho, mas como tenho feito tantas consultas ao longo de todo o ano e como amanhã vou entrar de férias, parecia-me mais normal ter a tarde para poder estar com a Ana e deixar tudo arrumado para ir de férias tranquila; acharam que não, que amanhã numa hora durante a manhã posso arrumar o que me falta ainda fazer; não merecia a pena mais desgaste, chorei e não valia a pena, só valeu porque recebi miminhos da MariLena, enfermeira de mão cheia, que adoro trabalhar com ela e quero acreditar que também ela gosta de trabalhar comigo. Valeu a pena porque tive muito mimo da minha interna Ana e da minha antiga interna Joseiana, que são uns amores, só por isso valeu a pena, e na verdade Deus só dá a carga que se pode aguentar, ou como diz a MariLena, quando se fecha uma porta, há sempre uma janela que se abre ao lado, e a vida ensina-nos a cada momento. Há tanto tempo que não chorava, acho que me desenferrojou a alma; se a minha mãe pudesse aconselhar-me ia dizer: fulana é amiga, a cicrana não presta filha, só quer ser mais importante que tu, o meu pai diria então: dá-lhe passagem!
Tantas outras histórias que entretanto passaram por mim, mas tenho a minha dislexia anterior às férias, logo, logo, vou ficar melhor e calmamente falar sobre o que aprendi neste mês de exaustão, amanhã ainda vou fazer o banco a Odemira, e por volta das 10h e 30 m da manhã de sábado inicio as minhas férias, sem subsídio, mas tão saborosas. Tantas saudades do Verão com os meus pais e os meus avós, será que vou ser boa avó? Se for menina será Mafalda, se for menino será Miguel, por mim acho bem, e o casaquinho creme que comecei tem quase as costas prontas, quero tanto ser uma Avó com letra grande como vi fazer na minha casa. Em Dezembro a nossa família vai aumentar que coisa boa, vou ter que trabalhar mais devagar para quando o meu neto nascer estar capaz de lhe dar muitos beijinhos e muitas festinhas, e claro dar festinhas e beijinhos a todos a quem sempre dei, se possível este ano vou alargar os meus beijos e abraços a todos quanto puder; na minha alma só quero guardar felicidade, amor, bondade e muita compreensão e compaixão, nada mais interessa.