Translate

domingo, 11 de maio de 2014

Paciência

Estou um bocadito agoniado com a época de caça ao voto que se vai iniciar hoje, cada vez acho que os políticos são mais aldrabões, mas não são só os nossos, os políticos são igualmente aldrabões por esse mundo fóra. Não sei o que é possível fazer para que esta carneirisse deixe de existir, esta possibilidade de votar sempre nos mesmos devia poder ser alterada, mas não sei como, quem quer ser o novo 1º ministro? Faz-me lembrar a história da carochinha, que se pôs à janela: quem quer casar com a carochinha que é bonita e formosinha? Não tenho paciência para esta gente!
 Não vi o festival da canção, vi apenas "aquela figurinha" que ganhou, homem, mais mulher que homem, vestido à mulher com todos os trejeitos de uma menina tonta, com uma barba ridícula, e ainda por cima vindo da Áustria, o que é que se passa? O mundo está a mudar ou está tudo doido?  Não tenho paciência para esta gente!
O professor Marcelo diz que está tudo doido, quando comenta a política nacional, eu digo que está tudo doido, mas o mundo em geral.
Assusta-me a minha querida neta estar a crescer numa doidice destas, o que vale é que ela parece estar a crescer tranquilamente, com os pézinhos bem assentes no chão, esta primavera já aprendeu a gostar de caracóis o que é bom, já faz companhia.
A falta que faz ter companhia, antigamente ficava muito contente quando ia a Cabeção e percebia o contentamento dos meus pais quando a gente chegava, depois quando a família começou a crescer já não sabia se ficavam contentes por mim, ou apenas porque a família era cada vez maior, agora percebo um bocadinho, ficamos contentes com a companhia, ponto. Primeiro ficamos contentes com as filhas, depois ficamos ainda mais contentes porque para além das filhas ainda temos os seus homens e ainda mais contentes ficamos quando começam a  aparecer os netos, no nosso caso, ainda só uma neta. Ficamos contentes sobretudo e acima de tudo que gostam de nós como gostamos deles todos, ficamos contentes que nos beijem como gostamos de beijar, que nos cocem as costas como  gostamos de fazer massagens nas costas, nos pés, em todo o lado, ficamos contentes porque podemos conversar ao vivo, cada vez gostamos mais de conversar ao vivo, sem ser pelo telefone, skype e afins, como gostamos de conversar frente a frente, gostamos também e muito dos silêncios, porque são silêncios tão saborosos, silêncios acompanhados, são do melhor que há. A felicidade que é apenas poder sentir que não estamos sós em casa, a nossa casa fica demasiado grande quando estamos sózinhos.
Afinal não me assustam só os políticos, também me sinto assustada com a solidão. Tenho muita coisa que fazer, mas fico enrolada sobre mim, a pensar, a sentir, a fazer de conta que leio, a sonhar, a não fazer nada, é assim a preguiça ou tão só a possibilidade de descansar?
Baralhada, ainda ando muito baralhada, estou um bocadito farta de mim!   

Sem comentários:

Enviar um comentário