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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Que canseira

2º Dia de férias, só por si já é complicado, ter a minha neta comigo e com o meu PQ, só os dois, ainda mais stressante é, mas agora que já está tudo calmo e tranquilo e eu tenho finalmente o meu computador tratado, limpo e desinfectado, parece que o pobre carregava os vírus todos do planeta, é uma fonte de calma e tranquilidade. A minha querida neta faz-me sair da minha zona de conforto e isso é bom e mau, é bom porque me mostra duma forma tranquila que eu ainda sou capaz, por outro lado, ao sair dessa zona, a minha zona de confiança, sinto-me insegura, acanhada, desconfiada de mim, logo fico muito desconfiada com toda a gente que me rodeia. Agora sinto-me a respirar, mas como é apenas o 2º dia ainda não sei que fazer ao tempo, ainda não sei que fazer comigo, na verdade a minha neta não deixa, é bom e mau, com saldo positivo.
2ºDia de férias, de manhã praia, com a minha neta sempre a pé, raramente pede colo, se pudesse ser era eu que lhe pedia: dá colo à avó!
Na praia não é para ler o jornal, nem o livro, nem estar sem fazer nada, é para ir pôr creme na neta e no avô, é para andar à beira mar sempre a andar sem descansar, até chegar a uma altura em que explico: temos que voltar a praia acaba aqui! Porque, senão o caminho era sempre para a frente, e se possível fosse, caminhávamos do Carvalhal até Melides, andando, andando. Vale que ela é pequenina e acha que a avó tem razão, que a praia acaba quando a avó se cansa, nessa altura voltamos para trás. Depois é ficar a brincar um bocadinho à beira mar a fugir das ondas, a correr à frente delas, a molhar os pés, e hoje foi só isso, molhámos muito os pés.
Voltámos para o chapéu, yogurte e banana e brincadeira com a amiguinha, graças a Deus, momento para ler a correr o jornal, folhear o livro, arrumar as toalhas e caminhar para o carro, nunca pediu colo, anda sempre a pé e desembaraçada, faz-me sentir até mal, sinto tanta preguiça e desejo ficar sem fazer nada. Em casa temos a Zulmira que nos prepara tudo o resto, almoçámos e sesta, pensava eu, qual não foi o meu espanto quando acordei da sesta e a minha querida estava a brincar na sala com o avó, a sesta dela tinha sido muito rápida. Lanche, brincar, piscina, banho. Vestimos a rigor e passeio de carro, aí, com o balancear a pequena adormeceu, tomámos o café e a empada na bomba da gasolina do costume, mas junto ao carro de porta aberta a olhar enlevados para o soninho reparador da catraia. Continente, comprar mais umas coisas em falta e a menina arregala os olhos, acorda bem disposta como se tivesse dormido uma grande sesta, e toca a andaricar pelos corredores do supermercado, escolheu uma vela rosa muito cheirosa e casa. Quintal, brincadeira com o avô, andaram a mudar a corda do estendor, jantar. Passeio com os cães, e a moça sempre a correr e a dada altura sorrindo diz: corre avó, corre. E eu corri, o que pude, o avô correu também, e os cães nem se fala, estavam satisfeitos com tanta agitação. Casa, mudar fralda, lavar dentes chupeta e mamão. Finalmente cama.
Estou exausta. Mas que cansaço bom, amanhã há mais.
Que bom já ter outra vez computador, tanta coisa boa, não há coração que aguente!

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