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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Estou confusa

5ª feira, Setembro, os dias estão a ficar mais pequenos, ainda chego a casa com sol, mas até ele está cada vez mais envergonhado, menos quente, tudo vai-se encaminhando, lentamente para o Outono; para mim podia chegar já, preciso mudar de roupa, deixar estes vestidos de Verão e começar com a roupa da meia estação. O que vestimos tem muita importância no nosso bem estar interior. Por causa do nosso bem estar interior é que venho aqui escrever de vez em quando, alivia-me. O meu trabalho tem corrido calmo, ainda que com muita gente sempre na consulta, sempre casos engraçados, a minha interna diz que quando termina o dia e vai para casa, fica sem forças para mais nada, ora ela tem 30 anos, eu com 57 nem se fala, por isso é que não escrevo mais, porque tenho serões em que fico a vegetar e depois ainda há outra questão, levo o dia a olhar para o ecrã do computador, à noite em casa já não me apetece e gosto mesmo de escrever, assim como agora, depois do jantar, do passeio com os cães, antes de falar ao telefone com as filhas e antes de ir para a cama. O cansaço é esgotante, fico até confusa, não sei para onde levar o meu pensamento, porque eu penso o que quero, às vezes.
Tive uma época em que não conseguia adormecer fácilmente, então quando estava deitada de luz apagada pensava numa casa que vou ter, num monte, que em cada noite tentava imaginar a decoração, era tão real que agora estou acordada e se fosse possível fazia aqui o desenho, mas ainda não sei desenhar com o computador só com o lápis. Então, fazia a decoração da casa de entrada, adormecia invariávelmente sempre aí, nunca passei da casa de entrada! Depois houve outra altura em que pensava nas roupas, de vestir, de casa, na arrumação e o sono vinha ligeiro, nunca vi o vestido até à sua conclusão. A nossa cabeça é uma coisa!!!
Hoje sinto-me baralhada, não é cansada só, é baralhada, o discurso tem alguma dificuldade em sair, apetecia-me falar de tanta coisa diversa que na verdade não falo de nada. As minhas preocupações, ou melhor dizendo, o que me vem ao espírito, são tantas coisas que nem sei, desde a guerra na Síria, aos bombeiros falecidos e aos fogos que ainda vão vir, aos nossos políticos que nos explicam a nossa vidinha triste à maneira do que lhe convém, mais ao que preciso fazer em Cabeção e aqui em casa, tanto que me falta arrumar, mais ao Serviço de Urgência que amanhã vou fazer durante a noite e ao mesmo tempo que me assusta gosto de fazer, as viagens e o terreno que quero comprar, que talvez o melhor mesmo fosse iniciar a minha viagem à volta do mundo com uma mochila apenas. Ok vou dormir. 

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