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segunda-feira, 11 de junho de 2012

2ªs feiras que não acabam!

Podíamos falar de tanta coisa, não sei porque falamos de uma e não de outra, quem decide, seremos mesmo nós? Estive mais uma vez com a história do Pedro nas mãos; o Pedro, aquele jovem com 13 anos e uma vida que dava para cima de 30 telenovelas, é por isso que não vejo televisão, só os noticiários, que também são telenovelas. Bom, o Pedro vive com a mãe, que já não o quer, porque tem uma criança de 3 meses, do 3º companheiro oficial e o Pedro só lhe dá trabalho. Voltando atrás na história, a mãe do Pedro quando tinha 2 anos de idade, sofreu muito com a separação dos pais!!! Será que a gente se lembra o que nos aconteceu aos 2 anos? A mãe dela, avó materna do Pedro não é grande coisa, levou a irmã, tia do Pedro, para uma casa de "meninas" para ganhar uns dinheiros!!! A mãe do Pedro, casou a 1ª vez com o pai do Pedro, depois, passado 1 ano ficou grávida, separou-se quando o Pedro tinha 2 anos, ele também sofreu e sofre com a separação, repete-se a história, faz-se o que se viu fazer! Junta-se com outro homem, nasce a filha que já levava na barriga, 1 ano depois nasce outro rapaz, quando a rapariga tem 2 anos, separa-se desse padrasto, e junta-se com o actual companheiro, de quem teve mais um rapaz, com 2 anos de intervalo do último, que não vive com ela, esse ficou com o pai. Confuso? Pois é!!Agora a mãe do Pedro, precisava de ficar sem ele, só está a empatá-la, está a estragar esta união, e ela está tão contente com o filho de 3 meses??? O que vai acontecer quando tiver 2 anos???
Como é que este rapaz ainda funciona, o Pedro? Eu, na pior das hipóteses já tinha fabricado umas quantas bombas, dado uns quantos tiros, ou talvez, caído dentro de um poço, ou à frente de um carro, qualquer mimo. A escola não sabe que fazer, o Pedro tem 13 anos e está no 5º ano, não sabe nada, mas se passasse para o 6º ano?? Eu já acho tudo bom, não sei que fazer, se concordo em que passe de ano, sinto-me conivente com uma palermice, se ele fica no mesmo ano, vai prejudicar as crianças que vão conviver com ele, e não há nenhum ganho, só perdas. Se fica na mãe, vai sentir-se ainda e em cada dia que passe, a mais, um empecilho; se não fica com a mãe, ninguém na família o quer, ir para uma Instituição? Essa é a vontade da mãe, que aconselho eu? O Pedro é uma "bicho" com as hormonas a despontar e sem qualquer regra, qualquer amor, quem lhe queira bem, quem lhe dê colo, está à deriva, que caminho lhe sugerir? Todos parecem maus, será que este miúdo tem anjo da guarda?
O meu PQ diz que tenho que aliviar a minha escrita, ultimamente tenho andado muito deprimida, mas em cada dia, sinto que sou confrontada com questões para as quais não tenho respostas, nem sei como "tocar" o problema para passar a ser solução. Confortam-me pequenas palavras, a mãe do Pedro encontrou-me no corredor e com um sorriso nos lábios, disse-me: o meu Pedro ficou muito contente de falar consigo, diz que ficou muito aliviado! Óptimo, disse eu, que bom; não sabem eles o peso que estou a carregar. Quando perguntei ao Pedro o que é que ele mais desejava, ele chorou e disse: viver com o meu pai e a minha mãe. Vou ter que lhe explicar que pode viver com o pai e com a mãe, cada um na sua casa, e começar a ser feliz, posso começar por aí, pode fazer toda a diferença, toda a diferença, não perder a esperança no Homem, mostrar o mundo por outro prisma, aprender a ver doutro ângulo, com outras cores, dar-lhe a "cana para pescar"! Quero ser capaz de fazê-lo, acho que tenho engenho e arte, não vou desistir dele.

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