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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Emoções

Será que já não guardo os meus textos, não os conheço, perco o norte à terra? Sei que o artigo era meu, mas onde o guardei? Quando o escrevi? A quem o escrevi?
Neste ano, no jantar do jornal para onde escrevo há cerca de 21 anos, fui surpreendida com um texto que me pedem para ler e quando começo as lágrimas começam em catadupa e não consigo lê-lo, o que se passa? Um texto meu, é sempre escrito com todo o meu ser, quando começo a saborear as palavras entendo-me toda, cheia de recordações dos Natais, e é mais forte que eu! Não consegui.
A mim dizia-me tudo, os outros não sei o que sentiram, para mim foi um momento mágico: foi o reconhecimento público, feito por uma Mulher que muito admiro, com quem me cruzo apenas nestes jantares anuais, de que escrevo coisas que valem a pena. Misturado com a beleza das minhas palavras, embrulhadas numa emoção sem fim, fiquei sem qualquer capacidade de ser ouvida, chorei em público. Depois a minha amiga faz a leitura, e continua a conversa boa, por fim sempre leio um texto que não escrevi mas que levei não se fosse dar o caso de não haver nada, palermice, há sempre qualquer coisa, desta vez um poema muito bonito, e pronto viemos embora. Um jantar de Natal.

O texto começava assim: O Natal chega sempre depressa demais..." onde será que está ? amanhã vou procurá-lo. 

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