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sábado, 15 de junho de 2013

Parar

Detesto quando mexem no formato das folhas, eu sei que este espaço só é meu quando escrevo, mas não havia necessidade de andarem constantemente a mexer no formato das folhas. Este espaço é como se fosse um caderninho onde venho escrever, quando tenho tempo e preciso, como agora.
Fim-de-semana, não sei do que preciso, mas este não tem sido um fim-de-semana tranquilo, preciso da minha neta, das filhas, dos genros, preciso do meu PQ, mas acho que preciso sobretudo de mim. Não tenho tido muita paciência!!!
Não tenho paciência para mim, saltito de actividade em actividade, quero ir para Cabeção, mas chego lá e preciso de regressar; vou a Lisboa a casa das filhas, mas tenho quue regressar, amanhã trabalho, os cães estou sózinhos já há tantas horas, vou arranjando desculpas, parece que procuro qualquer coisa, que me procuro, sem me querer encontrar, sem me querer ouvir.
Do que estou farta, o que procuro?
Comecei a ler um livro, tenho lido, mas ando a ler 2 livros ao mesmo tempo, um livro para quando é dia e outro para a noite!!!! Nunca fiz isso, nem gosto, porque quando começo um livro, costumo começar e ler até à última página, mesmo que deteste!
Então porquê este sentimento de querer ver tudo e todos e não ver nuinguém, quer ler tudo e não ler nada, de querer estar em todo o lado e não querer estar em lado nenhum?
Quando os nossos pais morrem nunca mais somos os mesmos, sinto talvez essa falta de colo, precisava ir a Cabeção, tocar a campainha e ao abrir-se a porta sentir os olhos de alegria da minha mãe, o riso e as palavras, o calor do olhar de meu pai, só por uns instantes!
Não vou chorar, não me vou lamentar, antes pelo contrário, sou uma sortuda, já tive isso tudo, tenho mais é que dar tanto, quanto recebi!
Parar, preciso parar, sentar-me em posição de meditação e não pensar em nada, não sentir nada, não buscar nada, parar para que à minha volta também "páre" esta alucinção de querer tudo e não querer nada.

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