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terça-feira, 17 de abril de 2012

Gatos e cães

Temos duas gatas, a preta também chamada Safira, mais velha cá em casa e a Sara, também chamada Sarita em momentos ternurentos, depois temos o Vicente e a Carlota, cão e cadela pequenos, sabemos não ter espaço físico e emocional para viver com mais animais de estimação, muito menos quando em cachorros são muito maiores que os nossos queridos; durante o dia fomos visitados por um cachorro que entrou no quintal e que queria também entrar cá em casa, nem o fui mandar embora, porque havia de ser com tanta meiguice que o bicho ia perceber o contrário, de modo que deixei o meu PQ fazer todo o papel de mau, mandou-o embora com umas pedras atiradas e uns paus, não gostei, mas não impedi, nem arranjei solução melhor! Senti que para além de me ter escondido atrás dele, do meu PQ, deixei-o fazer as coisas à maneira dele, sem grande jeito, porque eu na verdade, não ia ser capaz de o mandar embora, e cá em casa não ia ser uma boa ideia; ele lá foi, não sei bem para onde, mas que estava perdido devia estar e que gostaria de ter ficado connosco, gostaria, mas não ia ser fácil, não sei ter cães no quintal, gosto de pegar-lhe ao colo, fazer-lhe festas e dar muitos beijos, às vezes não é fácil porque eles aborrecem-se de tantas mariquices, mas ainda me sinto mal, as coisas não são feitas dessa maneira, à pedrada. Faz-nos falta um canil 24h aberto, em cada cidade, vila, aldeia, lugarejo, de modo a permitir entregar os bichos perdidos, ou os bichos abandonados, ou os que são apedrejados, meu Deus, fomos um bocadinho maus, há muitas maneiras de matar pulgas e assim não é a melhor maneira. Não tenho soluções há medida, soluções com que me sinta confortável, de cada vez que me sinto embaraçada, em que me sinto sem jeito para resolver os problemas que se me colocam, mas à pedrada nunca mais vai ser, não sei ainda como vai ser, que a próxima vez não seja muito perto.
Em cada dia acontecem-nos coisas para as quais não estamos preparados, e tomamos decisões pouco ponderadas que nos fazem pensar como a vida na verdade não está programada e ainda bem, senão não havia espaço para aprendermos, sofrermos, amarmos e sermos amados, e nos sentirmos um nadinha de nada, desajeitados.

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