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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ansiedade

Cada dia é um desafio diferente que eu quero muito que seja igual, na verdade, tenho um pouco de medo da mudança, sei que a mudança nos faz bem, nos ajuda a crescer, nos ajuda a ser mais sábios, mas custa. Hoje não estou nos meus melhores momentos, porque estou aqui no meu canto da escrita, a pensar em mil e uma coisa, na lista de prendas que quero dar no Natal, nas folhas de artigos que preciso ler, na preocupação do regresso da minha filha maior que volta da Austrália e que me deixa ainda mais ansiosa e ao mesmo tempo muito contente, tão contente até às lágrimas, penso na quantidade de processos que tenho para arrumar na minha sala de trabalho, e ao mesmo tempo deito o rabisco do olho para a televisão, e estou constantemente a ser incomodada pela Carlota que por sinal, está desassossegada como não é hábito; tudo isto e o mais que nem me apercebo, cria-me uma dor, um mau estar epigástrico, que parece subir pela zona retro-esternal até à garganta, resumindo, ansiedade pura e dura, cada dia que passa mais se acentua. Sei que uma maneira objectiva e eficaz para reduzir a ansiedade é criar para mim uma lista diária de prioridades, e ir efectuando cada uma delas ao meu ritmo, mas não sei se é por ser do signo Carneiro, há alturas em que mesmo sabendo a forma de atenuar o problema, não faço nada do que devo, vir aqui falar do que me aflige atenua um bocado, parece que ao ver em palavras escritas muito devagar também o meu pensamento se torna mais lento, obedecendo-me mais e melhor. Andar também me faz muito bem, e se não chove, saímos sempre a seguir ao jantar, e nem preciso de ir lá fora ver o tempo, o Vicente é melhor que qualquer barómetro dos mais sofisticados, se mostrar que quer sair, daquela forma que só ele sabe, podemos sair sem problema, se a seguir ao jantar ele não fizer nada e vier deitar-se ao lume, não merece a pena chegar à porta. Agora parece que a dor no estomâgo está menos intensa, a vontade de fazer tudo ao mesmo tempo o que acho que preciso, também se tornou evidente que não posso fazê-lo, só me resta mesmo resolver a lista de prioridades para o dia de amanhã, e hoje ainda vou escrever uma mensagens à filha Cristina que em breve estará comigo, mandar beijinhos à minha querida sobrinha Joana que está no Mexico a tratar-se da sua ansiedade crónica e que eu sinto cada vez melhor, e ainda, mandar beijinhos à minha querida sobrinha Rita que também adoro, vou depois fazer a lista para o dia de amanhã e se der tempo começar com tranquilidade a lista para o Natal com o meu PQ, tranquilamente, confortávelmente e saudávelmente sem ansiedade nem stress, uma coisa de cada vez, e de cada vez uma coisa, não se vê o tempo que uma coisa leva a fazer, mas se está bem feita ou mal feita, mais uma recordação de infância, outro dia falo desta, agora já estou melhor, as palavras são boas para controlar o meu stress.

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